Fogo destruiu barracos de comunidade que ficava embaixo da ponte. Cerca de 150 pessoas foram desalojadas.
Técnicos da Prefeitura de São Paulo recolheram, neste sábado (22), amostras da Ponte do Jaguaré para definir o quanto a estrutura foi afetada pelo incêndio. É a análise desse material que vai indicar o conserto necessário. A ponte foi liberada para pedestres e ciclistas.
A administração municipal disse que quer retirar cerca de 800 famílias debaixo dos viadutos até o ano que vem. Informou ainda que a concessão da parte inferior dos viadutos para a iniciativa privada vai ajudar a melhorar a segurança.
Sobre a ocupação embaixo da ponte onde passam trens, a CPTM disse que está negociando com a prefeitura para resolver a questão.
Pela segunda noite seguida os moradores que viviam nos barracos incendiados vão dormir em tendas de lona. Eles e a prefeitura estão num impasse. "A gente quer moradia, um programa habitacional, algo que realmente solucione o nosso problema. Mais do que uma comunidade, somos uma família", disse Alexandre Pacheco, porta-voz da comunidade.
O auxílio aluguel oferecido pela prefeitura é de R$ 400 por mês e vale por um ano, podendo ser prorrogado por mais 12 meses.
"O incêndio foi uma fatalidade, então essas famílias precisam entender que o auxílio aluguel que a prefeitura está propondo é a melhor e a única alternativa para diminuir o desgaste que elas sofreram por conta do incêndio", disse João Farias, secretário municipal de Habitação.
"Essa é a parte fundamental que vai dizer pra gente em que momento a gente vai poder liberar na segunda-feira ao trânsito com segurança a população", disse Vitor Aly, secretário municipal de Infraestrutura.
Para o Instituto Brasileiro de Perícias e Engenharia (Ibape), é preciso retirar as ocupações irregulares que existem embaixo de pontes e viadutos da capital.
"Ocupação irregular você não sabe justamente o que tem, moradia, botijão de gás, líquido inflamável, sólido, papelão, então justamente quando você tem uma fiscalização da prefeitura você procura evitar que haja risco de incêndio e a ocupação irregular não. Você não sabe o que tem, você não sabe o que pode acontecer e às vezes não tem acesso", disse Luiz Otávio Rosa, engenheiro do Ibape.
Outras pontes "ocupadas"
Encontrar este tipo de situação na capital é fácil. No viaduto Julio de Mesquita, no Bixiga, é possível ver barracos, muitos móveis e materiais recicláveis.
A poucos metros da Ponte do Jaguaré, na Marginal Pinheiros, casas de alvenaria foram construídas embaixo de uma ponte por onde passam trens da CPTM.
E na Zona Sul, a parte debaixo do viaduto da Avenida Vereador José Diniz é o endereço de cerca de 20 pessoas. Não tem água e a ligação de luz é irregular.
Fonte: G1
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