O brasileiro terá que se preparar, pois a conta de luz ficará mais cara a partir do mês de junho. Isso porque a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou na última terça-feira (21) que haverá reajuste no valor das bandeiras tarifárias.
O maior reajuste se deu justamente na bandeira amarela, que opera no Brasil atualmente. A tarifa que antes era de R$ 1,00 a cada 100 quilowatts-hora consumido passou para R$ 1,50, o que representa um aumento de 50%.
Já a bandeira vermelha também sofreu com alterações em seu valor, tendo havido alta em seus dois patamares. O primeiro foi de R$ 3,00 para R$ 4,00, um crescimento de 33%. O segundo, que antes era de R$ 5,00, agora está em R$ 6,00 pelo mesmo consumo de referência, registrando alta de 20%.
Segundo o engenheiro elétrico do Ibape/SP, Sérgio Levin, as bandeiras foram criadas para “sinalizar quando as usinas hidrelétricas e reservatórios estão com seu desempenho comprometidos dentro de uma projeção futura".
Ele diz que a mudança feita em maio, da bandeira verde para a bandeira amarela, é sinal de que "estão em uso as usinas termelétricas movidas basicamente a óleo diesel ou gás natural", e que por serem "mecanismos custosos e compensadores", existe o aumento no valor das tarifas.
"Importante destacar que uma usina hidrelétrica é operacionalizada visando o longo prazo. Logo o ONS (Operador Nacional do Sistema) não vai esperar reduzir seus níveis de 'estoques' (água) para acionar as fontes secundárias (térmicas). Essa operação estratégica é representada por bandeira na conta de energia elétrica do consumidor final", explica.
Segundo Levin, o uso mais consciente de eletrodomésticos como geladeira, chuveiro, máquina de lavar, televisão e ar-condicionado podem ajudar a reduzir em até 70% o valor gasto com a conta de luz.
Fonte: R7
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